Cuidados paliativos é sobre como você quer viver. Esse tempo pode ser de um mês, três anos, dez anos. Quem sabe? Amor, cuidado e acolhimento são fundamentais na abordagem paliativa, que atua em três eixos principais:
- Controle de sintomas (principalmente a dor);
- Qualidade de vida (priorizar ações que ajudam física e emocionalmente o paciente);
- Medidas de conforto e dignidade, trabalhando com os valores de vida da pessoa.
A prática é multidisciplinar e conta com áreas da assistência social, fonoaudiologia, fisioterapia, psicologia, medicina integrativa e psicoterapia, por exemplo. Segundo a definição da Organização Mundial da Saúde (OMS), os cuidados paliativos têm o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos pacientes e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida. Para isso, é realizada a prevenção e o alívio dos sintomas, com identificação precoce, avaliação completa e tratamento da dor e demais questões físicas, sociais, psicológicas e espirituais.
Quando falamos nessa área tão importante, é normal que venha a ideia de um paciente terminal, sem que haja mais o que fazer. É fundamental desmistificar esse conceito. Em alguns lugares, o termo inclusive mudou para Cuidado de Suporte à Terapêutica. Esses cuidados são destinados a pessoas com alto grau de sofrimento, seja potencial (diagnosticadas com uma doença grave e com uma longa jornada pela frente) ou real (quando o paciente já está sofrendo). O trabalho realizado é focado no paciente, reforçando-se a importância também do tratamento da doença.
Quem se beneficia?
Qualquer pessoa que tenha o diagnóstico de alguma patologia grave, evolutiva ou com alto potencial de sofrimento se beneficia com os cuidados paliativos. Casos de câncer, AIDS, Alzheimer, Parkinson e insuficiência cardíaca são algumas opções. Pacientes internados que estão fragilizados também entram na lista.
Os cuidados paliativos proporcionam bem-estar. Você dita as regras do jogo, visando ao seu bem-estar.